segunda-feira, 29 de março de 2010

Comentário à Actividade 1

A actividade com o grupo Branco, constituído pelo Alcino, Áurea, Nuno e por mim, decorreu de forma dinâmica e simpática, gerando-se um bom clima de trabalho que contribuiu muito para o êxito do produto final- power-point. Discutimos o conceito de estudante nativo digital e demarcámo-lo do imigrante digital. Aprendi a distinguir as principais características do estudante digital, cujo perfil está patente no trabalho apresentado e nas sínteses abaixo realizadas. No fórum foram colocadas duas questões muito pertinentes:
Sabendo nós da inevitável alteração do perfil das crianças/jovens enquanto estudantes/cidadãos, que desafios se colocam a quem tem a tarefa de os instruir/formar?
Praticamente foi unânime que o principal desafio consiste em não temer a mudança e aprender com o nativo digital, o seu estilo de aprendizagem e a sua linguagem. Assim cabe ao professor descobrir novas metodologias, formas de ensinar que aliem as bases do curriculum tradicional (ler, escrever e contar) com o conteúdo novo, digital e tecnológico. Significa isso redesenhar ambientes de aprendizagem integrando as TIC, que ajudem o jovem a construir o seu conhecimento de forma essencialmente colaborativa. Houve quem referisse não ter receio, por exemplo, de usar ferramentas do dia-a-dia como o telemóvel ou recorrer ao jogo como estratégia de aprendizagem.
A segunda questão: Estarão melhor preparados para o futuro, do que as gerações que se encontram activas profissionalmente, mas que não nasceram no contexto tecnológico que se assiste nos dias de hoje? Se sim, em que aspectos?
Não foi consensual, mas a maioria julga que estão melhor preparados, uma vez que nasceram já numa época tecnológica e apresentam boas capacidades de adaptação a situações novas, sociabilidade e vontade de agarrar desafios. Houve quem considerasse, no entanto, que outros factores terão de ser tomados em linha de conta, tais como a inteligência emocional, a adaptação e o contexto sócio-económico para dar uma resposta eficaz.
O debate foi intenso e interessante no esgrimir de pontos de vista e na apresentação de recursos adicionais, como vídeos e artigos.
Refreei o meu optimismo inicial no que diz respeito a este assunto, porque são muitos os desafios que se colocam ao professor e o principal é ele tornar-se agente de mudança, capaz de ajudar o aluno numa utilização reflectida e eficaz das novas tecnologias.

terça-feira, 16 de março de 2010

Homo zapiens



O termo é do professor e psicólogo Wim Veen que focaliza a atenção nos diferentes padrões de pensamento e formas de processar informação desta nova geração digital. Preferem o pensamento não linear, processam informação descontínua, dão preferência aos ícones visuais, executam várias tarefas em simultâneo, preferem o trabalho colaborativo em rede.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Nativos digitais - um desafio para a educação




Vídeo interessante sobre os desafios que se colocam à nossa escola com a chegada dos nativos digitais: necessidade de integrar as tecnologias que eles usam diariamente, mas, sobretudo, necessidade de mudar de paradigma de educação, mais voltada para a identificação de competências, para o futuro e não para o passado.

domingo, 14 de março de 2010

Imigrantes digitais/nativos digitais


O nativo digital cresceu num ambiente rodeado de tecnologia, ao passo que o imigrante digital tem de pedir ajuda ao jovem para resolver problemas informáticos. Os trabalhos de casa do estudante estão mais de acordo com os padrões de pensamento do imigrante digital.

sábado, 13 de março de 2010

Perfil do estudante digital

  1. Estão habituados a receber informação rapidamente;
  2. Gostam de multi-tarefas e processos paralelos;
  3. Preferem os gráficos aos textos;
  4. Preferem o hipertexto;
  5. Trabalham melhor em rede;
  6. Reagem com gratificações e prémios frequentes;
  7. Preferem os jogos ao trabalho "sério";
  8. Os cérebros deles( padrões de pensamento)podem já ser diferentes.

Prensky, 2001, Digital Natives, Digital Immigrants

Características dos nativos digitais (Prensky, 2004)

Encaram a tecnologia como uma extensão do seu próprio corpo (sucessivo teclar do telemóvel).
Utilizam a tecnologia para:
  • comunicar de forma assíncrona (email), mas sobretudo síncrona (im, chat); inventaram uma linguagem rápida, com abreviaturas e emoções para substituir a linguagem corporal da comunicação face-a-face;
  • partilhar sentimentos, emoções e detalhes da vida íntima (blogs) e também informação - Moblogging (moblie-blogging) é um fenómeno pelo qual as pessoas introduzem dados no seu blog a partir dos telemóveis- "Partilhar conhecimento é poder";
  • comprar e vender - ebay;
  • trocar e coleccionar canções, filmes, humor, websites, especialmente itens que expressam a sua personalidade;
  • criar- revelam uma enorme apetência para a criação de avatares, mundos inteiros, etc... têm ferramentas disponíveis e sabem ou procuram saber como usá-las;
  • marcar encontros e encontrarem-se- 3D salas de chat - marca social desta geração; online a pessoa é julgada apenas pelo que diz e produz; a reputação e influência é conquistada (socializam e são socializados);
  • pesquisar- informação, pessoas, relações; é o segundo maior uso da internet depois do email; preferem informação em bruto, que sabem filtrar e discriminar bem;
  • programar;
  • avaliar - sistemas de reputação - Epinions, Amazon, Slashdot;
  • jogar - quase todos os jogos são de multi-jogadores e proporcionam experiências profundas e complexas, levando de 30 a 100 horas para terminar;
  • coordenar projectos, trabalhos de grupo , MMORPGs- nos "Massive Multiplayer Online Role Playing Games" os jogadores formam grupos, ad-hoc ou de forma permanente; alguns são clãs, em que os jogadores têm de provar a sua habilidade para se juntarem;
  • aprender - quando um estudante está motivado tem as ferramentas online disponíveis para ir mais longe na sua aprendizagem do qua alguma vez foi;
  • explorar - online é um dos sítios chave a somar à escola, casa, locais de encontro onde crescem; como todos os jovens, exploram, transgridem, testam os limites em cada espaço.

Todos os elementos da vida do nativo digital estão inter-relacionados: os chats têm um papel importante nos jogos, por exemplo.

Prensky (2004) The Emerging Online Life of the Digital Native: What they do differently because of technology, and how they do it

sexta-feira, 12 de março de 2010

Expectativas e Objectivos

- Identificar tipos de utilização dos media digitais por parte das gerações mais jovens;
- Analisar formas de interacção social emergentes da utilização destes media;
- Discutir o papel da utilização dos media digitais ao nível do desenvolvimento pessoal e dos processos de socialização de crianças e adolescentes.

Parto para esta disciplina com boas expectativas mas com uma questão que coloco a mim mesma. O meu público-alvo é formado maioritariamente por adultos entre os 25 e os 35 anos de idade. Até que ponto vou integrar as aprendizagens no meu dia-a-dia profissional? A resposta veio hoje ao meu encontro. Ao abrir a plataforma do moodle do CNED (Centro Naval de Ensino a Distância) sou confrontada com inúmeras mensagens de alunos que estão no Kosovo e querem inscrever-se na disciplina de Português, procuram materiais interactivos e/ou pretendem apoio tutorial. São jovens adultos, na casa dos vinte um anos de idade ou menos. Sinto-me a reboque desta geração de nativos digitais, eu uma "pobre" imigrante digital!