Partimos da definição do conceito-chave de nativo digital (Prensky, 2001). Em meu entender, este conceito constituiu-se como o centro nevrálgico da actividade de reflexão da disciplina. A tecnologia é uma extensão do corpo e da mente dos nativos digitais (telemóvel). Utilizam a tecnologia para comunicar de forma assíncrona, mas sobretudo síncrona (email, im, chat), para partilhar sentimentos, emoções e detalhes da vida íntima (blogs) e também informação – Moblogging ("Partilhar conhecimento é poder"), para comprar e vender (ebay),para trocar e coleccionar(canções, filmes, Websites), para criar, revelando uma apetência enorme para a criação (avatares, mundos inteiros), para se encontrarem e marcarem encontros (marca social desta geração), socializando-se (chats), para pesquisar (sendo o maior uso da internet após o email),para programar, para jogar, para explorar, transgredindo.
Estão habituados a receber informação rapidamente; gostam de multi-tarefas e processos paralelos (inteligência paralela); preferem os gráficos aos textos; optam pelo hipertexto; trabalham melhor em rede; desenvolvem-se com gratificações e prémios frequentes. Preferem os jogos ao trabalho "sério". Os cérebros deles podem ser já diferentes.
A actividade do glossário permitiu a familiarização com termos que nos são úteis para a apropriação da linguagem e formas de pensamento do nativo digital, como add friend ou cyberbullying.
É para este estudante que têm de ser redesenhados os ambientes de aprendizagem, de molde a conciliar o ensino tradicional com as novas tecnologias, até porque a identidade destes nativos se constrói preferencialmente no espaço dos novos media.
A construção da identidade é a tarefa mais importante da adolescência, de acordo com a teoria psicossocial de Erikson. Significa definir quem a pessoa é, quais são os seus valores e quais as direcções que deseja seguir pela vida. Actualmente, observa-se este processo nos blogues e nas páginas pessoais dos jovens. Os jovens usam estes meios como um fórum para expressar, socializar e também para confidenciar intimidades (partilhando informação pessoal e emoções) e têm sentimentos fortes de mestria que lhes permite ficar orgulhosos com a criação e/ou sensação de deixar uma marca pessoal na www. A linguagem emergente – netspeak – mostra como os jovens estão a afirmar a sua identidade na rede.
Mas os blogs estão a ser ultrapassados pelas redes sociais e pelo telemóvel, formas mais rápidas de comunicar. Os perfis, os amigos e os comentários, são as características que mais diferenciam as redes sociais das outras formas de comunicação mediada por computador: os amigos estão publicamente interligados, os perfis são publicamente observáveis e os comentários são visíveis a todos. Este ponto é essencial para a construção da identidade que se desenvolve em grande parte através das interacções com os outros. O adolescente tem de gerir as impressões e as opiniões dos outros de forma a se inserir num determinado contexto social.
As entrevistas que realizámos confirmaram esta predilecção dos jovens pelas redes sociais e telemóvel em detrimento dos blogs. Novos métodos de ensino-aprendizagem têm de ser repensados com recurso ao telemóvel e aos chats. A maioria dos professores como imigrantes digitais que são olha com desconfiança para estas novas tecnologias. Será necessário quase que uma revolução coperniciana para que se possam extrair as vantagens do uso, por exemplo, do telemóvel em contexto educativo. Talvez a esperança resida no facto de a nova geração de professores, também eles nativos digitais, traga à escola a mudança para um novo paradigma, que integre naturalmente os medias no âmbito da actividade lectiva.
Estão habituados a receber informação rapidamente; gostam de multi-tarefas e processos paralelos (inteligência paralela); preferem os gráficos aos textos; optam pelo hipertexto; trabalham melhor em rede; desenvolvem-se com gratificações e prémios frequentes. Preferem os jogos ao trabalho "sério". Os cérebros deles podem ser já diferentes.
A actividade do glossário permitiu a familiarização com termos que nos são úteis para a apropriação da linguagem e formas de pensamento do nativo digital, como add friend ou cyberbullying.
É para este estudante que têm de ser redesenhados os ambientes de aprendizagem, de molde a conciliar o ensino tradicional com as novas tecnologias, até porque a identidade destes nativos se constrói preferencialmente no espaço dos novos media.
A construção da identidade é a tarefa mais importante da adolescência, de acordo com a teoria psicossocial de Erikson. Significa definir quem a pessoa é, quais são os seus valores e quais as direcções que deseja seguir pela vida. Actualmente, observa-se este processo nos blogues e nas páginas pessoais dos jovens. Os jovens usam estes meios como um fórum para expressar, socializar e também para confidenciar intimidades (partilhando informação pessoal e emoções) e têm sentimentos fortes de mestria que lhes permite ficar orgulhosos com a criação e/ou sensação de deixar uma marca pessoal na www. A linguagem emergente – netspeak – mostra como os jovens estão a afirmar a sua identidade na rede.
Mas os blogs estão a ser ultrapassados pelas redes sociais e pelo telemóvel, formas mais rápidas de comunicar. Os perfis, os amigos e os comentários, são as características que mais diferenciam as redes sociais das outras formas de comunicação mediada por computador: os amigos estão publicamente interligados, os perfis são publicamente observáveis e os comentários são visíveis a todos. Este ponto é essencial para a construção da identidade que se desenvolve em grande parte através das interacções com os outros. O adolescente tem de gerir as impressões e as opiniões dos outros de forma a se inserir num determinado contexto social.
As entrevistas que realizámos confirmaram esta predilecção dos jovens pelas redes sociais e telemóvel em detrimento dos blogs. Novos métodos de ensino-aprendizagem têm de ser repensados com recurso ao telemóvel e aos chats. A maioria dos professores como imigrantes digitais que são olha com desconfiança para estas novas tecnologias. Será necessário quase que uma revolução coperniciana para que se possam extrair as vantagens do uso, por exemplo, do telemóvel em contexto educativo. Talvez a esperança resida no facto de a nova geração de professores, também eles nativos digitais, traga à escola a mudança para um novo paradigma, que integre naturalmente os medias no âmbito da actividade lectiva.
A actividade que mais gostei foi a análise das entrevistas, porque pude cruzar a informação recolhida na bibliografia com as respostas dos jovens. Assim, por exemplo, tal como D. Boyde demonstrou, a audiência primária dos jovens nas redes sociais é constituída por amigos e/ou colegas de escola e actividades, alastrando-se progressivamente até indivíduos que não conhecem pessoalmente.
Os aspectos mais positivos da disciplina foram os conhecimentos adquiridos, a metodologia seguida nos trabalhos e os debates nos fóruns. Ainda que o meu público alvo não seja constituído por adolescentes, aprendi muito sobre o nativo digital, processo de construção de identidade e medias digitais, conhecimentos estes que me são úteis para os jovens adultos, também eles maioritariamente nativos e cuja construção de identidade se faz ao longo da vida, embora com maior impacto na adolescência.
As dificuldades foram pontuais e facilmente ultrapassáveis, como por exemplo, a linguagem de alguns textos. A principal foi a construção do guião em fórum de turma. Mas aqui a professora Maria João teve uma intervenção decisiva que permitiu chegar a um consenso.
No geral, a disciplina foi muito interessante pelos assuntos abordados e perspectivas apontadas, dinâmica pelas interacções que se verificaram no seio dos trabalhos de grupo e mais tarde nos fóruns, construtiva pelo espaço de reflexão e partilha que proporcionou. Concluo com um agradecimento especial ao meu grupo pela boa disposição, cordialidade e responsabilidade que todos manifestaram.
Os aspectos mais positivos da disciplina foram os conhecimentos adquiridos, a metodologia seguida nos trabalhos e os debates nos fóruns. Ainda que o meu público alvo não seja constituído por adolescentes, aprendi muito sobre o nativo digital, processo de construção de identidade e medias digitais, conhecimentos estes que me são úteis para os jovens adultos, também eles maioritariamente nativos e cuja construção de identidade se faz ao longo da vida, embora com maior impacto na adolescência.
As dificuldades foram pontuais e facilmente ultrapassáveis, como por exemplo, a linguagem de alguns textos. A principal foi a construção do guião em fórum de turma. Mas aqui a professora Maria João teve uma intervenção decisiva que permitiu chegar a um consenso.
No geral, a disciplina foi muito interessante pelos assuntos abordados e perspectivas apontadas, dinâmica pelas interacções que se verificaram no seio dos trabalhos de grupo e mais tarde nos fóruns, construtiva pelo espaço de reflexão e partilha que proporcionou. Concluo com um agradecimento especial ao meu grupo pela boa disposição, cordialidade e responsabilidade que todos manifestaram.
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